Pedaços do Coração

Ela se senta em um banco na praça, começa a pensar e chorar disfarçadamente.
— O que houve, pequena?
— Pequena?
— É, não posso te chamar assim?
— “Pequena’’ é um apelido muito intimo, não acha?
— Não…
— Porque não?
— Porque eu te olhei, sentada aqui, e me bateu uma vontade de vim falar contigo. Saber o por que de estar assim… Chorando.
— Ah, são coisas minhas…
— Me diz? Talvez eu possa te ajudar.
— Destruíram o meu coração.
— Reconstrua!
— Você acha tão fácil assim?
— Cole-os, e guarda pra quem vai cuidar.
— Não é tão simples assim.
— Talvez você só precise olhar a sua volta, ver as pessoas que se importam de verdade com você. E se você olhar bem, irá encontrar a pessoa certa, que vai cuidar do seu coraçãozinho, pequena.
— Acho que você tem razão. Vou guardar o meu coração pra quem irá cuidar.
— É, faz isso mesmo.
— Mas você ainda não me respondeu por que me chamou de pequena, sem nem me conhecer.
— Na verdade, não era só de pequena que eu queria te chamar. Eu posso te perguntar uma coisa?
— Pode.
— Quer ser “minha’’ pequena?